O desenho é a minha base artística.
É o instrumento principal na orquestra da minha prática artística.
Desde a infância que o desenho tem sido o meu lugar de paz e o epicentro da construção do meu mundo.
Desenhar ensina-me a ver, ao mesmo tempo que calibra o meu olho interior, a minha mão, o meu coração e os meus olhos exteriores.

Foi quando desenhei que me senti totalmente livre pela primeira vez.
Foi onde obtive validação em criança. Eu era uma criança sossegada e reservada. Dentro daquele silêncio, havia um reino florescente de abstração, figuração etérea, uma realidade potente de forma, cor e compreensão.

O desenho é o meu espelho.
Ajuda-me a ver e a compreender-me. Tal como a calistenia, está sempre comigo. Posso sempre praticar o meu olhar observador e a minha percepção imaginativa, mesmo sem registos em papel.

Desenhar é a minha forma de navegar pela realidade e uma ferramenta que utilizo para manifestar realidades futuras.
Penso em desenhar como rezar. É um ato de gratidão. É um espaço onde me encolho e expando simultaneamente, enquanto o tempo se esvai e o universo imita o meu movimento.

—Basil Kincaid

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