Banjo. Bateria. Harpa. O quê? É certo que o novo trio de estrelas formado por Béla Fleck, o harpista Edmar Castañeda e o baterista Antonio Sánchez apresenta uma instrumentação que pode ser considerada invulgar. A não ser, claro, que já esteja familiarizado com Fleck, vencedor de 19 Grammys - o virtuoso que se destaca por alterar géneros e que fez mais para expandir as possibilidades do banjo do que qualquer outro músico na história do instrumento. Desde os seus primórdios no bluegrass até aos seus Flecktones de outro mundo, o seu duo com Chick Corea e a sua reimaginação de Rhapsody in Blue, o trabalho de Fleck nunca deixa de surpreender. O que não surpreende é o calibre impecável dos seus colaboradores - e este novo trio inclui dois dos músicos mais dotados da sua geração. O harpista, Castañeda, vem de Bogotá, Colômbia, e liderou as suas próprias bandas, além de partilhar projectos com mestres como Hiromi, Paquito D'Rivera e Grégoire Maret. Sánchez, vencedor de 5 Grammys, cresceu na Cidade do México e construiu uma reputação como um dos grandes bateristas de jazz através do seu trabalho com o guitarrista Pat Metheny. Foi também um líder de banda visionário, liderando grupos progressivos como Bad Hombre e colaborou com Chick Corea, Gary Burton, Charlie Haden, Michael Brecker e outros gigantes. A sua partitura de bateria nomeada para o Globo de Ouro do filme Birdman, de Alejandro González Iñárritu, de 2014, deu-lhe fama fora do mundo do jazz.

Tocando repertório original, muito do qual escrito em colaboração, este trio embarca todas as noites em explorações destemidas que o público achará irresistíveis - ricas em melodias fortes, harmonia deslumbrante e grooves que giram e giram enquanto se sentem fantásticos.